terça-feira, 15 de maio de 2012

FESTAS JUNINAS



Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "Festa de São João". Os outros dois santos populares celebrados nesta mesma época são São Pedro e São Paulo (no dia 29) e Santo Antônio (no dia 13).
Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da EuropaDinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia —, mas são encontrados também na Irlanda, na Galiza, partes do Reino Unido (especialmente na Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália
ORIGEM DA FOGUEIRA

De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (25 de dezembro) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.junio Camargo


Fogueira de São João em Mäntsälä. Fogueiras de São João são bastantes populares na Finlândia, onde parte da população passa o dia de São João ("Juhannus") no campo ao redor das cidades em festejos

A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
 
A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

Uma quadrilha de Sergipe.
O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.
No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.
Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:
  • "Quadrilha Caipira" (São Paulo)
  • "Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
  • "Baile Sifilítico" (Bahia)
  • "Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
  • "Quadrilha" (Sergipe)
  • "Quadrilha Matuta"
Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.
Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Outras danças e canções

No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado, o samba-de-coco, forró pé de serra, xaxado, e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.

terça-feira, 8 de maio de 2012

BOLERO



O Bolero é um ritmo que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Surgiu na Espanha, mas sofreu modificações, especialmente desenvolvendo temas mais românticos e ritmo mais lento. Tem tradição nos seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela, Uruguai, Argentina e Brasil.
Fonte: wikipédia

A origem do Bolero
Embora de origem espanhola de boleras (bolas) ou de volero (de volar – voar), a formação musical do Bolero, como se conhece hoje se desenvolveu principalmente em Cuba, mas também com grande vigor em Porto Rico, República Dominicana e México, seu principal difusor. A dança Bolero praticada atualmente no Brasil tem suas origens no Rio de Janeiro, sob grande influência do tango. Já em outros paises latinos, está mais próxima de uma rumba mais lenta, sem muitas variações de figuras, pois é tida como dança para romance.
Tem que se inicialmente dividir a historia do Bolero em três momentos: antes de ser “cubanizado” em meados do século XIX, pós-Cuba e a criação do estilo carioca de se dançar Bolero.
O primeiro registro da palavra Bolero que se tem conhecimento data do século X, de uma dança de origem árabe, o “Bolero de algodre”, que era dançado em grupos de três passos – um rapaz e duas moças. Embora não pareça o Bolero ter ai sua raiz, devido ao fato dos mouros terem ocupado a Espanha por muitos séculos, não é de se estanhar que o espanhol tenha adsorvido esta palavra, que para muitos vêm das boleras (bolas) que ornamentavam os vestidos das ciganas. Enquanto para outros, vem de volero (de volar – voar), pois estas dançarinas pareciam estar voando ao fazerem seus rodopios e movimentos nos vestidos. De qualquer forma, estas versões nos dão uma certeza, que a origem está na Espanha, e não na França ou Inglaterra, onde andou com o nome de danza e contradanza, como sugerem alguns.
Até chegar a Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México, o bolero espanhol vai se formando baseado na “cancíon de prosapla hispânica” e agregando elementos das “árias operísitcas”, da “romanza francesa” e da canção napolitana. Até Ravel, compositor clássico, deu sua versão em o “Bolero de Ravel”.
Inicialmente era executado com acompanhamento de castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango (dança espanhola de origem árabe), enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais movimentos de aproximação e afastamento.
Trazido pelos espanhóis para suas colônias na América, ele foi se modificando pelas influências locais e recebendo contribuições, em especial, de ritmos vindos da áfrica, assim como da "contradanza francesa". Analisando a Cuba do século XIX e de fins do XVIII, detecta-se a atuante presença inglesa desde que barcos tomaram La Habana em 1762. Logo depois, no final do século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos chegaram a Cuba, fugidos dos rebeldes haitianos, trazendo para a burguesia e a aristocracia cubana, a contradanza e a novidade do casal dançar entrelaçado, que gerou grande rebuliço na burguesia e aristocracia cubana, fazendo com que os pais orientassem suas filhas a dançarem com os quadris afastados, somente a parte de cima teria contato, característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado com movimentos semelhantes aos da Rumba, porém, mais lentos e com poucas variações, mas que ainda permanece em muitos dançarinos de Son e Salsa.
Em 1780 o bailarino espanhol Sebastian Cerezo criou com muito sucesso uma variação baseada nas Saguidillas, bailados de ciganas andaluzes, cujas vestimentas eram ordenadas com pequenas bolas (as boleras), o que veio reforçar a versão da origem do nome Bolero.
Nessa época é notável também o crescente movimento entre o México e os portos de sul de Cuba, desde os anos da retenção da zona de San Juan de Ulúa por tropas espanholas (1825), assim como a presença de famílias e tropas vindas das recém instauradas republicas latino-americanas o que acabou por gerar a introdução de uma nova forma de acompanhamento musical, mistura de “raguedo y punteado”, muito segmentado e constante na primeira guitarra e acentuado totalmente na segunda guitarra, renovando o contato dos cubanos com os sons yucatecos.
No aspecto rítmico muito se agregou da danza, da habanera e da figura rítmica do El cínico, proveniente das músicas folclóricas de Sanit Domingue. Assim, desse caldeirão de culturas, surge em Santiago de Cuba, “El bolero”, que embora tenha emprestado o nome de seu homônimo hispânico, desse muito se diferencia. A começar, por exemplo, da sua estrutura de compasso em dois por quatro, em vez de três por quatro do bolero espanhol.
Hoje o Bolero tem presença mundial devido principalmente à difusão pelo México, e tem contribuído com seu romantismo para a união de muitos casais já há muitas gerações.
Curiosamente, só no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, essa dança adquire uma estrutura mais complexa incorporando movimentos do Tango, como trocadilhos, esses, caminhadas, cruzados e giros, Nos demais estados, até o inicio da década de 90, restringia-se praticamente a base do “dois pra cá, dois pra lá” ou mesmo ao “um pra lá e dois pra cá” dos dançarinos mais antigos. Em São Paulo mesmo, como nos lembra o Professor Roberto Mendoza, o Bolero só se reformula para a forma como é dançada hoje, quando sua Academia, a Strapolos, contrata em 1994, os professores cariocas João Carlos Ramos e Elaine Delatorre para introduzirem em São Paulo, o Samba de Gafieira, o Bolero e o Soltinho, ainda inéditos no meio acadêmico da dança de salão paulistana.
No entanto, mesmo com toda essa trajetória de transformações sempre foi mantido seu caráter de dança de galanteio, suave, terna e romântica, com movimentos caracterizando uma eterna busca da conquista da mulher amada que por sua vez seduz o parceiro, num jogo que podem durar 3 minutos ou mesmo uma vida inteira.



TANGO




O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.
Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes e bem humoradas para as musicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas.
Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase haviam letras com temática voltada para esses ambientes. São letras francamente obscenas e violentas.

Homens dançando tango, Rosário, 1913.
Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. Existem várias versões de como isso aconteceu. A sociedade parisiense da época em que as artes viviam o modernismo ansiava por novidades e exotismos. O tango virou uma febre em Paris e, como Paris era o carro chefe cultural de todo o mundo civilizado, logo o tango se espalhou pelo resto do mundo. A parcelas moralistas da sociedade condenavam o tango, assim como já haviam se colocado contra a valsa antes, por o considerarem uma dança imoral. A própria alta sociedade Argentina desprezava o tango, que só passou a ser aceito nos salões de alta classe pela influência indireta de Paris.
Em 1917 começaram a surgir variantes formais do Tango. Uma delas, influenciada pela romança francesa, deu origem ao chamado Tango-canção. Tangos feitos para musicar uma letra. A letra passa a ser parte essencial do tango e conseqüentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. É considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - Tango-canção o "Mi Noche Triste" com uma letra que Pascoal Contursi compôs, em 1917, sobre uma música mais antiga chamada "Lita".
Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os executantes não eram mais os pequenos grupos que atuavam nos bordéis, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica.
Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935, quando faleceu vítima de um acidente de avião quando estava em pleno auge. Gardel cantava o tango em Paris, Nova York e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América latina. Eram multidões dignas de Elvis Presley e Beatles. Também foi responsável pela popularização do tango estrelando filmes musicais de tango produzidos em Hollywood.
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Carlos gardel
A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabarés de luxo da década de 1920 estavam no auge de seu potencial. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era uma mera reminiscência. A fórmula ultra-romântica passa a caracterizar as letras: a chuva, a garoa, o céu, a tristeza do grande amor perdido. Muitos letristas eram poetas de renome e com sólida formação cultural.
A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky por uma lado, e por outro lado do Cool Jazz.

A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky por uma lado, e por outro lado do Cool Jazz.


Astor Piazzolla
Nessa época o tango passa a ser executado com alto grau de profissionalismo musical, mas no universo popular a década de 1950 vê a invasão do Rock'Roll americano e as danças de salão passam a ser prática apenas de grupos de amantes. Na década de 1960, uma lei de proteção á música nacional Argentina já está revogada, e o tango que era ouvido diariamente nas rádios vai sendo substituídos por outros ritmos estrangeiros, enquanto as gravadoras já não se interessam mais pelo tango. A juventude não só pra de praticar o tango no lazer cotidiano como passa a ridicularizá-lo como coisa fora de moda. Com o desinteresse comercial das gravadoras, poucos grandes tangos foram compostos. Tem sido mais comuns, as releituras de antigos sucessos e reinterpretações modernizadas dos maiores sucessos dos primeiros tempos.
Hoje a crítica Argentina detecta um retorno do tango, cada vez mais freqüente em peças teatrais e cinematográficas. Em 1983 se apresentou em Paris uma inovação relativa aos espetaculosa planejados para o exterior: os casais de profissionais que integravam o elenco provinham da "milonga porteña". Era quebrada a imagem de bailarino acrobático.



 Samba de Gafieira

                      Samba de Gafieira
Gafieira é o local onde se ía para dançar, começaram a aparecer por volta do fim do século XIX e início do século XX em diante, (tradicionalmente destinava-se para as classes mais humildes). O Samba de Gafieira era considerada uma dança de salão. As gafieiras sempre existiram no município do Rio de Janeiro, local de refugio para dançar. (Hoje em dia ainda existem diversas gafieiras). 

Samba de Gafieira
Musicalmente, o samba de gafieira, é caracterizado por um ritmo sincopado, geralmente apenas tocado e tendo nos metais (trombones, saxofones e trompetes) a força de apoio para o arranjo instrumental da orquestra. Criado na década de 40, o estilo, influenciado pelas “big-bands“ americanas.
Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão, no entanto por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarinete. 

Samba de Gafieira é um género musical urbano, que nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrães de criação anónima; foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa.
O Samba de Gafieira é uma variante do Samba original e, como tal, tem também as suas raízes africanas, como o Lundum e o Batú. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Surgiu nessa época o partido alto, expressão coloquial que designava alta qualidade e conhecimento especial, cultivado apenas por antigos conhecedores das formas antigas do samba. 


SALSA





A música hoje chamada "Salsa" é uma mescla de ritmos afro-caribenhos, tais como o Son Montuno, o Mambo, o Cha cha cha, a Charanga e a Rumba cubana. A Salsa Surgiu para o mundo através da Banda La Sonora Matanceira, com suas excursões musicais pela América Latina, levando músicas e dança típicas de Cubana para o mundo. Se instalaram definitivamente no México, pois eles não aceitaram e não concordaram com a Revolução Cubana, fazendo disto o México sua nova pátria, foram eles que criaram este nome "Salsa". A Banda sonora Matanceira é considerado como The Beatles latinos. Fontes dizem que a salsa se expandiu nos Estados Unidos através de moradores latinos nos bairros de Nova Iorque nos anos 60. Sonora Matancera é considerado como The Beatles Latinos. Recebeu ainda influências do merengue (da República Dominicana), do calipso de Trinidad e Tobago, da cumbia colombiana, do rock norte-americano e do reggae jamaicano. Hoje, é uma mistura de sons e absorve influências de ritmos mais modernos como rap ou techno. A dança é caracterizada pelo compasso quaternário.
Salsa, em castelhano, significa "tempero" e a adoção do nome quis transmitir a ideia de uma música com "sabor". O movimento que originou este novo estilo de música latino-americana começou em Nova Iorque, quando um grupo de jovens músicos começou a mesclar sons e ritmos visando a criar uma sonoridade que tivesse um "sabor" latino-americano.
A salsa debutou no Hotel Saint-George no Brooklyn (Nova Iorque), onde o grupo Lebron Brothers, de origem porto-riquenha, entusiasmou o público no início dos anos 1970. Daí, se espalhou entre as comunidades latino-americanas nos EUA e Porto Rico, depois em Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países de língua espanhola. Nomes como Tito Puente, Celia Cruz, Johny Pacheco, Hector Lavoe e Willie Colón (La Fania) se tornaram expoentes do gênero.
Nos anos 1980, a salsa foi invadida pelo merengue da República Dominicana e também pela música disco. Neste momento, surgiu uma nova geração de músicos como Frankie Ruiz, Eddie Santiago e Luis Henrique, que começaram a mudar o panorama da música latina criando a chamada "salsa erótica" - para muitos, uma traição do próprio caráter da salsa, machista, forte, ligada às ruas. No entanto, esta salsa erótica ou sensual trouxe nova atenção ao gênero.
Na década de 1980, a salsa se espalhou pelo México, Argentina, Europa e chegou ao Japão, onde surgiu a Orquestra de La Luz, banda onde todos os integrantes são japoneses. Enquanto isto, o ritmo do merengue se tornava mais e mais popular em países como Porto Rico e era o ritmo que embalava as discotecas de música latina.
Em 2000, surgiu a primeira companhia especializada em salsa no Brasil, a Conexión Caribe Companhia de Danças, que, em 2001, criou o Encontro Nacional de Salsa, evento anual que, a partir de 2003, se transformou no Congresso Mundial de Salsa do Brasil, um dos maiores eventos do gênero no mundo.


DANÇAS DE SALÃO



         Genericamente conhecida como dança social, a dança de salão é caracterizada pelo agrupamento em pares com papel masculino e feminino bem definido. O termo “de salão” veio pela necessidade de salas grandes, os salões, para que fosse possível realizar as evoluções das danças.
A dança de salão apareceu pela primeira vez nas cortes italianas e depressa chegou até a França e a Inglaterra. Como uma prática de excelência e uma atividade de prestígio, foi estabelecida como parte da aristocracia da época, que a diferenciava das classes mais pobres, praticantes somente das danças folclóricas.
             Os ritmos mais dançados eram os estilos mais clássicos e elegantes, como a dança medieval básica, com passos pequenos e deslizantes. Nos séculos XV e XVI surgiram os ritmos mais rápidos, como a Sarabande, na qual os casais passavam entre filas de bailarinos. Em seguida, o Galliard e a rodopiante Volta.
         Ainda na Europa, era possível apreciar o delicado Minueto. A Valsa, originária de uma versão simplificada da dança austríaca denominada Lãnder, deu ao ano de 1776 o título de marco fundamental para a história das danças de salão. Nesse período, houve a primeira exibição de Valsa em Viena e foi também a primeira vez que os bailarinos se tocaram de maneira mais íntima ao dançar. O contato físico, necessário ao dançar, escandalizou muita gente.
          Quando a prática da dança social começou a ser levada a sério, teve início a organização da dança de salão. Além das pessoas que dançavam socialmente também existiam as que dançavam com finalidade competitiva. A dança se dividiu entre social e de competição. Foram os ingleses os primeiros que percorreram vários países para encontrar a síntese de cada ritmo, codificando a forma de dançá-los para criarem as primeiras competições.
 [...] surge o profissionalismo [...] até então, a dança era uma expressão livre; a partir deste momento, toma-se consciência das possibilidades de expressão estética do corpo humano e da utilidade das regras para explorá-los. Além disso, o profissionalismo caminha, sem dúvida, no sentido de uma elevação do nível técnico. (BOUCIER, 1987)
No século XX, a dança de salão foi introduzida no mundo. No Brasil, chegou com Louise Frida Reynold Poças Leitão, uma suíça que, fugindo da I Guerra Mundial, desembarcou em São Paulo em 1914 e passou a ensinar os ritmos tradicionais para a sociedade. No Rio de Janeiro cresceu nas mãos de Maria Antonieta Guaycurús de Souza.
Com o passar o tempo, a dança de salão evoluiu e chegou ao século XXI com diversidade rítmica e variação de andamentos. A origem de cada dança, a postura, a forma de locomoção e a utilização de espaço são características específicas e passaram a definir a divisão da dança de salão entre danças clássicas e latinas.
A Internacional DanceSport Federation (IDSF), órgão responsável pelas danças de competição, assume que dez ritmos fazem parte de duas modalidades de dança, sendo eles:
  •  Danças Clássicas: Valsa Inglesa, Valsa Vienense, Tango, Slowfox e Quickstep.
  • Danças Latinas: Samba, Cha-Cha-Cha, Rumba, Paso Doble e Jive.
Esses ritmos estabelecem um padrão considerado integralmente apenas em competições. No âmbito social, também existem as mesmas modalidades de dança, clássicas e latinas, mas nelas não aparecem todos os dez ritmos estabelecidos pela IDSF.
Em uma escola de dança de salão, por exemplo, a grade pode variar. Há a constância de alguns ritmos, a ausência de outros e a inserção de muitos que, por terem surgido mais recentemente, ainda não entraram na classificação oficial de competição. Dançar, em uma escola, é uma atividade social e permite flexibilidade para determinar quais ritmos irão compor a grade do curso de dança de salão de acordo com a cultura, preferência e procura do público.
A dança de casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas, onde deu origem às muitas variedades, à medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos, como a salsa, o bolero, a rumba etc.
Nos Estados Unidos, o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop. Essas deram origem a vários outros tipos de danças americanas, como o jitterbug, o balboa, o west coast swing e o east coast swing.
No Brasil, oito ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: bolero, soltinho, samba, forró, lambada, zouk, salsa e tango, sendo que ainda podemos encontrar diversas variações destes ritmos.
O soltino pode ser considerado como uma versão brasileira semelhante ao swing chamada soltinho.[
Internacionalmente, para fins de competição, o termo dança de salão se restringe a certas danças, de acordo com as categorias -- International Standard e International Latin -- definidas pelo Conselho Mundial de Dança (WDC, na sigla em inglês). As danças praticadas nesses estilos são: a valsa lenta (ou valsa inglesa), o tango internacional (diverso do tango argentino), a valsa (também chamada de valsa vienense), o foxtrote e o quickstep (International Standard); o samba (diferente das modalidades de samba brasileiro), o chachachá, a rumba, o paso doble e o jive (International Latin).


quinta-feira, 3 de maio de 2012

TIPOS DE DANÇA

Existem vários tipos de danças, mas vamos destacar  as danças étnicas, folcloricas, teatrias e de salão.


DANÇA FOLCLORICA

A Dança folclórica trata-se de uma forma tradicional de dança recreativa do povo. Muitas das danças folclóricas tem origens anônimas e foram passadas de geração para geração durante um longo período de tempo. As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e lagos.
 Ex: Samba de Roda, Maracatu, frevo, baião, quadrilha. Batuque, lundu, catira, carimbo, pastoris, fandangos, marujada, pericom, ticumbi etc.




DANÇA ETNICA

A dança étnica inclui qualquer forma de dança que se origine em uma determinada cultura étnica e expresse a estética desta determinada cultura. Isso inclui culturas de origem européia, americana, africana, polinésia, asiática e do oriente médio.

O termo dança étnica ou dança tradicional é usado quando se quer enfatizar esta raiz cultural da dança. Neste sentido, praticamente todas as danças folclóricas podem ser consideradas danças étnicas. No entanto, nem todas as danças étnicas são folclóricas, já que as primeiras incluem também danças de origem ritual.

O vídeo abaixo mostra um trecho de uma apresentação no Festival de Dança Étnica de São Francisco. Esta dança, chamada "Robam Apsara", vem do Camboja e descreve a vida de seres celestiais enquanto eles dançam em um lindo jardim, trazendo consigo as flores douradas da felicidade e do bem-estar.
 Ex: DANÇA DO VENTRE, CAPOEIRA, FLAMENCA, DANÇA AFRO.



 
DANÇA TEATRAL

A teatral é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.



 
 DANÇAS DE SALÃO

Dança de salão refere-se a diversos tipos de danças executadas por um casal de dançarinos. As danças de salão são praticadas socialmente, como forma de entretenimento, integração social e competitivamente como Desporto. Alguns dos tipos de dança de salão foram desenvolvidas no Brasil, como, por exemplo: o forró (do Nordeste), o samba de gafieira, o maxixe entre outras.


 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

DANÇAS PRIMITIVAS











HISTÓRIA DA DANÇA






            A dança foi uma das primeiras formas de expressão artística e pessoal. 
            A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
Pinturas de dançarinos foram encontradas em paredes de cavernas na África e no sul da Europa na pré-história. Estas pinturas podem ter mais de 20 mil anos. As cerimônias religiosas que combinavam dança, música e dramatizações, provavelmente desempenharam um papel importante na vida do homem pré-histórico.
        Estas cerimônias devem ter sido realizadas para reverenciar os deuses e pedir-lhes mais sucesso nas caçadas e lutas. As danças também podiam realizar-se por outras razões: como nascimento, curar um enfermo ou lamentar uma morte. Os sociólogos acreditam que a dança exerceu um papel importante na caça e em muitas outras atividades da vida pré-histórica. Os cientistas estudam as danças de várias culturas porque as formas de dança de um povo podem revelar muita coisa sobre seu modo de vida.
Tanto as danças sagradas como as profanas existiam na Antigüidade, principalmente nas regiões junto ao mar do Mediterrâneo e no Oriente Médio. As pinturas, esculturas e escritos do antigo Egito fornecem informações sobre os primórdios da dança egípcia. Este povo dedicava-se principalmente à agricultura, por isso suas festas religiosas mais importantes se concentravam em danças para homenagear Osíris, o deus da vegetação. A dança também servia como entretenimento. Os escravos, por exemplo, dançavam para divertir as famílias ricas e seus convidados.
         Os gregos antigos consideravam a dança essencial para a educação, para o culto e para o teatro. O filósofo grego Platão aconselhava que todos os cidadãos gregos aprendessem a dançar para desenvolver o autocontrole e o desembaraço na arte da guerra. Danças com armas faziam parte da educação dos jovens de Atenas e Esparta. Danças sociais eram realizadas em ocasiões festivas. As danças religiosas desempenharam importante papel no nascimento do teatro grego. No século IV a.C., peças de teatro chamadas tragédias tiveram origem numa cerimônia de hinos e danças em homenagem a Dionísio, o deus do vinho. A emélia, uma dança cheia de dignidade executada nas tragédias, compreendia uma série de gestos conhecidos. Um bailarino experiente podia relatar todo o enredo da peça através desses gestos. As peças humorísticas chamadas sátiras, e as comédias gregas, incluíam músicas alegres.
               Quando os romanos conquistaram a Grécia, em 197 a.C., tinham adquirido grande parte da cultura grega, inclusive a dança. Os artistas romanos dançavam ao mesmo tempo que faziam números de acrobacia e mágica. Alguns romanos importantes, apesar da popularidade da dança , a desaprovavam. Cícero, o famoso orador dizia: "Nenhum homem dança, a menos que esteja louco ou embriagado".
Muitas tribos da América do Norte dançavam para pedir chuvas e uma boa colheita. Várias danças religiosas ainda são realizadas atualmente.
                Na Austrália, algumas tribos de aborígenes seguem o antigo costume de imitar os gestos da caça durante uma dança religiosa realizada antes da caçada. Em alguns vilarejos ingleses, as crianças dançam em torno de um mastro com fitas numa festa para celebrar a chegada da primavera, no dia 1 de maio. Esse costume vem das antigas danças religiosas dos romanos, que dominavam a Inglaterra do ano 43 d.C. até princípios do século V. No dia 1 de maio os romanos cultuavam Flora, a deusa romana da primavera, dançando em torno de um mastro enfeitado com flores.
             Durante a Idade Média, aproximadamente do século V até o século XIV, o cristianismo tornou-se a força mais influente na Europa. Foram proibidas as danças teatrais, por representantes da Igreja, pois algumas delas apresentavam movimentos muito sensuais. Mas os dançarinos ambulantes continuaram a se apresentar nas feiras e aldeias mantendo a dança teatral viva. Em torno do século XIV, as associações de artesãos promoviam a representação de elaboradas peças religiosas, nas quais a dança era uma das partes mais populares.
              Quando ocorreu a peste negra, uma epidemia que causou a morte de um quarto da população, o povo cantava e dançava freneticamente nos cemitérios; eles acreditavam que essas encenações afastavam os demônios e impediam que os mortos saíssem dos túmulos e espalhassem a doença. Isto ocorreu no século XIV.
                Durante toda a Idade Média, os europeus continuaram a festejar casamentos, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, como a dança da corrente, que começou com os camponeses e foi adotada pela nobreza, numa forma mais requintada, sendo chamada de carola. No final da Idade Média a dança tornou-se parte de todos os acontecimentos festivos.
                A Renascença, que começou na Itália em torno de 1300 e espalhou-se por quase toda a Europa, por volta de 1600, foi um período de grande desenvolvimento cultural. Na Itália, os nobres contratavam mestres de dança profissionais para criar espetáculos de corte que incluíam danças chamadas balli ou balletti. Compositores importantes compunham a música e artistas de grande talento, inclusive Leonardo da Vinci, criavam as roupas e efeitos especiais, para os membros da corte poderem oferecer espetáculos uns aos outros.
                Catarina de Médicis, membro da família que governava Florença, na Itália, tornou-se rainha da França em 1547,e levou para a corte francesa a dança e os espetáculos italianos. Para um casamento real em 1581, Catarina contratou um grupo de artistas italianos para ir a Paris e criar o magnífico Balé Cômico da Rainha, que pode ser considerado a primeira forma de balé. Ela foi muito imitada em toda a Europa.
Além de produzir espetáculos, os mestres de dança ensinavam danças sociais à nobreza, como por exemplo a saltitante galharda, a solene pavana e a alegre volta. A dança tinha também um significado filosófico durante a Renascença: muitas pessoas acreditavam que a harmonia de movimentos da dança refletia a harmonia no governo, na natureza e no universo.
             O Rei Luís XIV da França, que viveu de 1638 a 1715, incentivou muito o desenvolvimento do balé. Seu apoio às artes tornou a França, o centro cultural da Europa. Ele próprio dançou entusiasticamente, durante 20 anos, nos balés da corte. Um dos seus papéis favoritos, o de Apolo, deus grego do sol, deu-lhe o apelido famoso de "Rei Sol".
Em seu reinado, o balé veio a ter seus próprios intérpretes profissionais e a seguir um sistema formal de movimentos. Aos poucos, os bailarinos foram se transferindo da corte para ao teatro. O teatro tinha um arco de proscênio, que emoldurava o palco e os separava do público.
               O Romantismo foi um movimento artístico que deu grande importância à individualidade e à liberdade de expressão pessoal. Até então, a maioria dos balés girava em torno dos deuses e deusas, mas com o Romantismo passaram a tratar de pessoas comuns. Muitos enredos de balés do século XIX tinham como personagens seres imaginários, como fadas e silfides (espíritos do ar).
No século XIX, grande parte das danças sociais que se popularizaram na Europa e na América começou com o povo. Outra vez , a nobreza em vez de lançar moda imitava os camponeses que dançavam valsas e polcas.
           A dança, desde 1900, vem apresentando uma grande variedade de estilos e muitas formas experimentais, que começaram com a dança moderna, baseada na liberdade de movimentos e expressão. Atualmente, os estilos de balé incluem elementos de jazz, dança moderna e rock.
            A dança teatral obteve o seu maior sucesso comercial nos filmes e comédias musicais. Grande número de novas danças populares surgiram e desapareceram no século XX. Em torno de 1900, surgiu o cadewalk, com seus passos altivos e pomposos. Alguns anos mais tarde, surgiu o tango, depois o charleston (1920), nas décadas de 1930 e 1940 dançava-se o jitterbug e o swing. Surgiu então o rock'n roll em meados de 1950 e com o seu surgimento, os estilos de dança popular tornaram-se mais desenvoltos. Nas décadas de 1960 e 1970, os negros criaram o twist, o hustle e muitas outras danças que os brancos adotaram com entusiasmo. Nestes últimos tipos de dança, os pares dançam juntos e obedecem a uma seqüência marcada de passos. A dança é uma forma de arte que cresce a cada dia, sempre e em todo lugar estão surgindo novas danças, novos ritmos e novas combinações de passos.
        A dança contemporânea é tudo aquilo que se faz hoje dentro dessa arte, não importa o estilo, procedência, objetivos nem a forma. Para ser contemporâneo não é preciso buscar novos caminhos. São contemporâneos tanto os coreógrafos que usam a técnica de Balanchine ou Béjart, como os que se inspiram em Martha Graham; eles se inspiram em qualquer fonte: sua visão pessoal, a literatura e suas observações.
A dança caminha ao lado da humanidade e de seus progressos, há uma grande riqueza à disposição do público, desde as grandes obras românticas até o modernismo, passando pelas danças folclóricas e as religiosas. Não é mais uma arte de elite mas se transformou num meio de diversão de todas as classes, já que é apresentada além do teatro, em televisão, cinemas e praças.
          Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da dança, instituído pela UNESCO em homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre. A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.

Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independente do som que se ouve, e até mesmo sem ele.